O presidente do Peru, Pedro Castillo, instituiu nesta quarta-feira (7) um governo de exceção no país, anunciou a dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições. Após o ato, de acordo com o jornal “El Comércio”, Pedro foi detido.
Ele saiu do Palácio de Governo e foi levado à sede da prefeitura de Lima. A TV peruana mostrou Castillo e sua família deixando o palácio. Além dele, estavam a mulher, Lilia Paredes, os filhos e a cunhada. Eles foram detidos quando estavam retirando seus pertences em sacolas.
Ministério Público diz que vai tomar ações contra Castillo
O Ministério Público do Peru anunciou que vai tomar ações legais após os decretos do presidente do Peru, que mandou fechar o Congresso.
Em um vídeo, os procuradores Patricia Benavides, Zoraida Ávalos, Pablo Sánchez e Juan Carlos Villena afirmaram que o presidente tentou dar um golpe de Estado e que nenhuma autoridade pode se colocar acima da Constituição.
“O Ministério Público adotará as ações legais correspondentes frente à quebra da ordem constitucional”, disse Benavides.
Destituição de Castilho
Castillo responde ao terceiro processo de impeachment em um ano e meio de poder. Ele declarou o estado de emergência e impôs um toque de recolher em todo o país horas antes do julgamento do impeachment.
Mesmo com o anúncio da dissolução do Congresso, os deputados decidiram votar o impeachment.
O Congresso aprovou a remoção do presidente Castillo no impeachment. Foram 101 votos a favor, 6 contra e 10 abstenções. Os deputados convocaram a vice-presidente, Dina Boluarte, para ser empossada às 15h de Lima (17h de Brasília).
A Corte Constitucional (Suprema Corte) do Peru chamou o ato de golpe de Estado e pediu que a vice assuma a presidência – há algumas semanas, Boluarte rompeu com Castillo.
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